Dinossauro Nasutoceratops Titusi


Uma equipe de cientistas americanos descobriu uma nova e incomum espécie de dinossauro no deserto do Estado americano de Utah, na região do meio-oeste dos Estados Unidos.

Com 5 metros de comprimento, o extinto animal, batizado de Nasutoceratops titusi é parte da família do triceratops, mas tem como características únicas a presença de um nariz enorme e chifres excepcionalmente grandes.

O estudo dos cientistas foi publicado no periódico especializado Proceedings, da Sociedade Real de Ciências Biológicas britânica.

Mark Loewen, da Universidade de Utah e do Museu de História Natural do mesmo Estado norte-americano, disse em entrevista à BBC que "este dinossauro nos deixou completamente surpresos". "Nós jamais teríamos previsto que ele fosse ter essas características - é tão fora do comum para este grupo de dinossauros."

Assustador e vegetariano

O fóssil foi descoberto em 2006, numa região desértica de Utah, mas os cientistas levaram anos para preparar e estudá-lo em detalhes.

As rochas nas quais ele foi encontrado têm cerca de 75 milhões de anos, o que leva os especialistas a crer que ele teria vivido na Terra no período Cretáceo Tardio.

"Os chifres são, de longe, os maiores de qualquer membro de seu grupo de dinossauros - eles se curvam para os lados e para frente. Além disso, ele também tem o maior nariz de seu grupo", explica Loewen, acrescentando que o animal tem uma saliência atrás da cabeça.

Além dessas características distintas, o Nasutoceratops também era um animal forte, pesando até 2,5 toneladas, o que lhe dava uma aparência bastante intimadora.

Mas apesar de assustar, este dinossauro, assim como todos os outros triceratops, é herbívoro e estaria mais preocupado em buscar plantas em seus arredores pantanosos do que avançar sobre presas.

Continente perdido

O Nasutoceratops é apenas uma de várias espécies de dinossauros descobertas nesta região da América do Norte.

Acredita-se que o deserto onde ele foi encontrado teria sido parte de um continente chamado Laramídia, que já foi descrito como um "paraíso de fósseis".

Outras espécies vegetarianas, incluindo hadrossauros e outros dois tipos de dinossauros com chifres, foram encontradas perto do Nasutoceratops, sugerindo que elas podiam conviver.

"Todos os esses animais têm mais de 3 toneladas. Tinha-se um ambiente em que todos esses grandes herbívoros competiam por comida. Nós não temos certeza de como se podia alimentar todos esses animais, mas você encontra todos eles sobre as rochas ao mesmo tempo", diz Loewen, acrescentando que seus cientistas continuam encontrando novas e incomuns espécies no lugar.

Fonte: Notícias UOL - Ciência

Palmer Coolum Resort | Parque de Dinossauros



Após Titanic, magnata australiano quer construir parque de dinossauros
Embora ainda faltem várias permissões legais, o magnata da mineração já encomendou da China 165 robôs de dinossauros que farão parte do luxuoso Palmer Coolum Resort



O excêntrico multimilionário australiano Clive Palmer, conhecido por financiar a construção de uma réplica do Titanic, planeja agora inaugurar na Austrália o maior parque de dinossauros do mundo, com robôs animados.

Embora ainda faltem várias permissões legais, o magnata da mineração já encomendou da China 165 robôs de dinossauros que farão parte do luxuoso Palmer Coolum Resort, que ocupa 150 hectares da cidade de Sunsine, no litoral nordeste da Austrália.

Entre os robôs animados que serão capazes de fazer barulho, movovimentar a cauda, se inclinar e piscar, estão réplicas de dinossauros de até 1.200 quilos e 20 metros de altura.

Um dos robôs mais espetaculares do parque será a réplica de um Deinosuchus, que tinha cerca de 15 metros de altura e pesava nove toneladas. A espécie é considerada um ancestral dos atuais crocodilos, perigosos animais que podem ser facilmente encontrados em território australiano.

"Apesar de alguns dos dinossauros terem um aspecto feroz, ao tocá-los o público terá a sensação de que foram seres tão adoráveis quanto os coalas", garantiu Bill Schoch, gerente do Palmer Coolum Resort, complexo de hotéis que pertence ao milionário.

Segundo a imprensa australiana, os fabricantes dos robôs já entregaram cerca de 50 exemplare e alguns deles foram colocados no Palmer Coolum, como as réplicas de um Tiranossauro Rex, que recebeu o nome de Jeff, e de um Omeissauro, animal que chegava a 15 metros de comprimento, batizado de Bones (Ossos).

"Se só viram Jeff e Bones, então ainda não viram nada", afirmou o magnata Clive Palmer em comunicado para divulgar a decisão de acelerar o processo de construção do parque.

Embora a companhia mantenha o nome em segredo, o gerente do resort confirmou que terá a ver com o sobrenome do excêntrico magnata, já que suas outras propriedades se chamam Palmer Golf, Palmer Grill e Palmer Motorama (museu de carros de época).

No entanto, a iniciativa de Palmer - cuja fortuna chega a US$ 795 milhões segundo cálculos divulgados em 2012 pela revista Forbes - encontra obstáculos na burocracia que envolve a solicitação de permissões às autoridades locais.

Russell Green, vereador da cidade de Sunshine, disse à emissora de rádio ABC, que o multimilionário está se arriscando demais por comprar os robôs dos dinossauros sem que o projeto tenha sido aprovado.

"O pessoal do conselho não começou a avaliar o projeto porque o senhor Palmer tem que fornecer a informação adicional que lhe foi pedida", disse Green.

Mas o excêntrico Clive Palmer - conhecido na Austrália por acusar a CIA de ajudar um movimento de ativistas ambientais a fechar a indústria do carvão - parece determinado a levar esse projeto até o fim.

Entre outras atividades paralelas que revelam sua personalidade está a construção de uma réplica idêntica (por dentro e por fora) do transatlântico Titanic, que afundou em abril de 1912 com cerca de 1.300 passageiros a bordo.

A versão de Palmer, que será feita na China, terá 270 metros de comprimento, 53 metros de altura e pesará 40 mil toneladas. O novo Titanic repetirá o trajeto do primeiro (Southampton - New York) e deve realizar sua primeira viagem em 2016.

Sobre a segurança de navio, Palmer disse à imprensa, que, "um dos benefícios do aquecimento global é que já não existe mais um grande número de icebergs no Atlântico Norte".